Aqui a Dolitas, faz meditação, Yoga, mantra, há bastante tempo, mas meditações ativas, tirando fazer exercício físico, que também considero uma espécie de meditação ativa, não faço muitas. E esta semana fiz uma meditação xamanica!
Neste tipo de meditações nem sempre nos sentimos muito á vontade, para nos soltarmos, isto porque , a exposição é grande. Passo a explicar, há música, tambores a tocar, vendas nos olhos, e dançamos como nos der na vontade.
Ao entrarmos na frequência da música e no ritmo dos tambores, a viagem é interna. O nosso estado consciência muda. Simplesmente deixamos de estar presentes naquele local específico, e entramos num estado alterado de consciência, muda a vibração do espaço e o nosso. Entramos em contacto com o nosso eu superior, com o nosso estado mais puro de consciência.
Independente do que cada um acredita, se nos conseguirmos soltar, desligar do que nos rodeia, temos algum tipo de experiência. A vibração dos tambores mesmo ao lado, vibra em nós. É uma experiência forte, e existe sempre algum tipo de desbloqueio. Umas pessoas choram, outras ficam ou com muito calor ou com muito frio. Outras percebem de alguma maneira o que as estava a perturbar, e ao terem consciência disso, o emocional muda, vão agir de outra maneira perante a situação. Outras viajam, trazem histórias para contar, mensagens.
Não foi a minha primeira vez, assim foi a minha segunda vez, mas sem tambores, só com música, mas talvez porque foi num festival zen, de olhos vendados, muitas pessoas, não consegui desligar tão bem, como desta vez.
Desta vez foi muito bom, assim que a vibração da sala mudou, fui transportada, para outro lugar.
Abri os olhos, estava numa floresta, a dançar com um tambor nas mãos, a minha frente tinha uma fogueira enorme, uma lua cheia gigante no céu, ao meu lado estava um amigo e protetor, um lobo cinzento.
Sei me descrever ao pormenor, mulher, casa dos 25 anos, muito bonita, morena com os cabelos muito escuros e cumpridos. Tinha uma saia de pele, pulseiras nos tornozelos, uma fita na testa. E dançava...... A minha consciência era brutal......conseguia-me aperceber de tudo a minha volta. Do calor da fogueira, dos sons da floresta, do olhar atento do lobo, e de uma conversa de duas pessoas que estavam bem afastadas mas atentas. Era o meu pai, um homem de cabelo acinzentado cumprido, e outro novo, da minha idade. O mais novo dizia....."será que ela alguma vez me vai conseguir perdoar?"..... e o mais velho respondia...." vai, mas não agora, agora vais ter que lhe dar tempo. Ela tem se curar sozinha, perceber o que sente sozinha, ficar em paz. E como vez já o está a conseguir. Só depois é que vai conseguir voltar por inteiro." ..... O mais novo...." Eu amo-a tanto"..... O mais velho...." Mas agora não há nada a fazer, ambos tem que passar por tudo isto, crescer, curarem-se....e só depois .... Acontecerá o que tiver que acontecer. Agora ela ficaria contigo, mas não por inteiro." ........
Foi brutal, eu estava a dançar na floresta, mas a minha consciência, estava presente e absorvia tudo.
Os tambores calaram-se e voltei a estar presente na sala. Muito bem disposta. Independente das crenças de cada um, se foi a minha imaginação, se realmente o meu ser consciente me enviou para algum lado, para eu viver uma história, ou se viajei no tempo, não interessa.
O que realmente interessa, é que sai da meditação, mais consciente do meu poder pessoal, da minha beleza externa e interna. Em paz e com um sorriso na cara. E fartei-me de dançar durante uma hora!
Mais confiante no que acredito, e quero para mim.
Tinha que contar a experiência!
Só entro em estados alterados de consciência com meditação, o me ajuda a validar como pessoa, como ser consciente.
Só entro em estados alterados de consciência com meditação, o me ajuda a validar como pessoa, como ser consciente.
Meditem e se tiverem coragem......façam uma meditação xamanica!
E eu a pensar que os "meus tambores" eram africanos! Pelos vistos também passaram pela América do Norte.