Independentemente da raça ou da espécie, uma coisa é certa: mãe só há uma. Tal como para os humanos, não existe nada mais forte no mundo animal do que a relação entre mãe e filho. As crias dependem das suas mães para sobreviver e, de um modo geral, são elas que as preparam para a vida adulta. As mães são muito carinhosas, podendo ser também, por vezes, agressivas com todos os que querem fazer mal aos seus filhos. Estes são a sua principal prioridade e razão de viver.Por essa mesma razão, o seu sofrimento e aflição são tão grandes quando vêem os filhos serem-lhes roubados. Um sentimento de perda que não consegue ser ultrapassado e que muitas vezes, tal como acontece com os humanos, é a principal causa de angústia e depressão.Todos os anos, milhares de crias são roubadas às suas mães que, por seu lado, são obrigadas a procriar e a renunciar continuamente à criação dos seus filhos. Os bezerros machos, por exemplo, são retirados das mães imediatamente após o seu nascimento e colocados em caixotes de madeira, onde serão alimentados à base de leite desnatado. Quando atingem os 4 meses de vida (anémicos e com os músculos atrofiados), são mortos para que a sua carne (vitela) seja vendida.A mãe porca e os seus leitões parecem ter o mesmo destino infeliz. A mãe porca é obrigada a procriar pelo menos 2 vezes ao ano. Os leitões são desmamados antes de fazerem 1 mês de vida e, em seguida, são encaminhados para a engorda seguida de abate.Por sua vez, a mãe galinha vê os seus ovos serem-lhe retirados logo após a postura, para serem chocados em incubadoras artificiais. Com apenas um dia de idade, os seus pintainhos são levados para os aviários. Mas se forem pintos machos o mais provável é que sejam descartados, pois não são rentáveis para a indústria.Estes são apenas alguns exemplos da vida infeliz de muitas mães do mundo animal. Mães que, sentindo-se impotentes por não conseguirem proteger as suas crias, a única coisa que lhes resta é chorar a sua perda.O Dia da Mãe não é apenas o dia da nossa mãe, mas sim de todas as mães do mundo. Independentemente de ter sido quem nos deu à luz, a sua religião, raça ou espécie, devemos apenas respeitá-las e mostrar-lhes que nos lembramos delas.